quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Reflexão



DESIDERATA
Siga tranqüilamente entre a inquietude e a pressa,
lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.
Tanto quanto possível sem humilhar-se,
mantenha-se em harmonia com todos que o cercam.
Fale a sua verdade, clara e mansamente.
Escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história.
Evite as pessoas agitadas e agressivas: elas afligem o nosso espírito.
Não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a
você:
isso o tornaria superficial e amargo.
Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar.
Mantenha o interesse no seu trabalho,
por mais humilde que seja,
el e é um verdadeiro tesouro na continua mudança dos tempos.
Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas.
Mas não fique cego para o bem que sempre existe.
Em toda parte, a vida está cheia de heroísmo.
Seja você mesmo.
Sobretudo, não simule afeição e não transforme o amor numa brincadeira,
pois, no meio de tanta aridez, ele é perene como a relva.
Aceite, com carinho, o conselho dos mais velhos
e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude.
Cultive a força do espírito e você estará preparado
para enfrentar as surpresas da sorte adversa.
Não se desespere com perigos imaginários:
muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.
Ao lado de uma sadia disciplina conserve,
para consigo mesmo, uma imensa bondade.
Você é filho do universo, irmão das estrelas e árvores,
você merece estar aqui e, mesmo se você não pode perceber,
a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.
Procure, pois, estar em paz com Deus,
seja qual for o nome que você lhe der.
No meio do seu trabalho e nas aspirações, na fatigante jornada pela vida,
conserve, no mais profundo do seu ser, a harmonia e a paz.
Acima de toda mesquinhez, falsidade e desengano,
o mundo ainda é bonito.
Caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz
e partilhe com os outros a sua felicidade".
DESIDERATA - Do Latim Desideratu: Aquilo que se deseja, aspiração.
Este texto foi encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Baltimore, datado de
1692.
Foi citado no livro "Mensagens do Sanctum Celestial", do Fr. Raymond Bernard.
O texto é de Max Ehrmannn e foi registrado pela primeira vez em 1927.
Hoje em dia pertence à © Robert L. Bell.
(Obrigada, Alex Fagundes, pelas informações!)

domingo, 23 de janeiro de 2011

Assim mesmo...

(por Madre Teresa de Calcutá (1910-1997)

Muitas vezes, o povo é egocêntrico, ilógico e insensato.
Perdoe-o, assim mesmo.


Se você é gentil, o povo pode acusá-la de egoí­sta e interesseira.

Seja gentil, assim mesmo.


Se você for um vencedor,

terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença, assim mesmo.


Se você é honesta e franca, o povo pode enganá-la.
Seja honesta e franca, assim mesmo.


O que você levou anos para construir,

alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa, assim mesmo.


Se você tem paz e é feliz, o povo pode sentir inveja.

Seja feliz, assim mesmo.


O bem que você faz hoje, o povo pode esquecê-lo amanhã.

Faça o bem, assim mesmo.


Dê ao mundo o melhor de você,

mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você, assim mesmo.


Veja você que, no fim das contas, é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e o povo


por Madre Teresa de Calcutá (1910-1997)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Vamos rir um pouqinho?

Tirei essas pidadinha da revista  Seleções de Janeiro 2011.

A Professora numa aula de religião:
- O que precisamos fazer para obter perdão?

Um aluno esperto respondeu:

- Pecar!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Agradecimento

O meu agradecimento aos meus filhos, principalmente os que
 trabalharam para colocar este blog: Um lindo presente de
Ano Novo 2011. Agradeço também as modelos, Ana Clara,
Beatriz, Cecília, Clarice e Lívia. Beijos a todos vocês!!!.

 Essas são minhas irmãs, sou muito grata a todas, elas são fundamentais para minha vida.

 Feliz 2011!
Da esquerda para a direita em pe: Edna,  Eu (Lúcia), Elizeth, Elizabeth. 
Sentadas: Eliane, Jacinta e Ducirene (cunhada)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Vivendo o crochê, tecendo a vida...

Cresci vendo minha mãe fazer crochê. Ela, tão reclusa, tão pouco afeita as coisas mundanas, tão devota do trabalho racional e bem executado ( herança dos ensinamentos do vô Gerardo), transplanta para suas produções artísticas elementos do mundo, do mundo que pouco conheceu, que pouco contemplou(e Paula tem tempo de contemplar o mundo?). Assim, as cores, as formas, flores e pássaros aparecem harmonizados nas toalhas de mesa, bicos, vestidos, saias e blusas que confeccionou. Nunca me esquecerei de uma toalha de mesa escura, de onde saltavam gansos majestosos, que ela fez, depois de quebrar a cabeça e as pestanas por vários dias. Era esplêndida! Se não me engano, foi feita para Socorro Leite, aquela conhecida nossa de Maranguape que vendia sapatos guardados e expostos em seu Corcel azul (ou verde?).
Vencendo a falta de jeito de “jogar conversa fora” e fazer novas amizades, teceu muitas de suas relações a partir do ofício de fazer crochê. Foi assim com minha madrinha Isa, grande amiga e companheira de ofício, e mais recentemente com Dona Celestina, sua amiga e vizinha. Sentada na calçada de nossa casa em Maranguape, via passar vizinhas e parentes, cumprimentando a todos (do jeito que Paula cumprimenta!), sem tirar os olhos de seu “trabalho”.
Leva para o crochê seu jeito de entender e levar a vida. Com profundo rigor e precisão, sem se permitir um pontinho sequer errado. Vi muitas vezes desmanchar linhas e mais linhas concluídas, porque havia um erro. Ninguém iria notar! Mas o diacho é que ela sempre notava!
Mas há algo em seu crochê que se distingue desse seu jeito de ver e levar a vida. Refiro-me ao uso das cores: com poucas exceções, ela abusa das cores! Laranja, vermelho, roxo? Não parecem combinar com minha mãe que sempre usou e comprou para mim e para minha irmã somente calcinhas brancas ou beges! Mas será que essas cores, de fato, não dão pistas sobre uma alma, até certo ponto transgressora, que ela camufla nas calcinhas beges?
Entre pontos “altos e baixos”, minha mãe foi, ao longo dos seus 68 anos, “vivendo” seu crochê e “tecendo” sua vida. Conta-nos que começou no ofício ainda menina, tricotando sapatinhos de recém nascidos. Não sei bem quando trocou as longas e elegantes agulhas de tricô pelas delicadas agulhas do crochê. Vida plena, belos trabalhos! Minha casa e guarda-roupa familiar guardam vários exemplares do trabalho de minha mãe; mais do que artefatos, encontro neles retalhos de sua existência, tecidos com delicadeza, retidão e verdade.

Berenice